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Milhares seguem protestando na França contra reforma da PrevidĂȘncia

  • ADUFOP
  • 24 de mar. de 2023
  • 2 min de leitura
Foto: CGT/FR

Milhares foram Ă s ruas na França, mais uma vez, nesta quinta-feira (23), para protestar contra o aumento da idade de aposentadoria do paĂ­s de 62 para 64 anos. Desde o inĂ­cio da tramitação do projeto no legislativo francĂȘs, os trabalhadores e as trabalhadoras se mobilizam em greves e eatas, mas a crise explodiu apĂłs o presidente Emmanuel Macron usar um dispositivo da Constituição para aprovar a reforma sem votação na Assembleia Nacional, na Ășltima segunda (20).


Trabalhadoras e trabalhadores contrĂĄrios Ă  reforma enfrentam forte repressĂŁo policial. Mais de 300 pessoas foram detidas somente esta semana. Advogados e sindicatos de juĂ­zes denunciam detençÔes arbitrĂĄrias, jĂĄ que a maioria de manifestantes foi solta sem indiciamento por violĂȘncia.


Em Paris, Lyon, Toulouse, Lille, Estrasburgo e Nantes, manifestantes ergueram barricadas e incendiaram latas de lixo. Diversas categorias estão em greve em todo o país. Hå manifestaçÔes em diversas cidades sas, que paralisam transportes rodoviårio, ferroviårio e até aeroviårio.


Metade das viagens de trens de alta velocidade do país foi cancelada e 30% dos voos no aeroporto da capital sa não decolaram, de acordo com informaçÔes publicadas pelo Le Monde. Em entrevista publicada pelo Brasil de Fato na quarta-feira (22), a professora na Universidade Sorbonne Paris Nord, Silvia Capanema, afirmou que existe uma unidade sindical incomum no país para enfrentar a crise.


O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, afirmou que 12 mil policiais estão mobilizados nesta quinta, 5 mil deles em Paris. Jå o Ministério da Transição Energética destacou que as reservas de combustível na capital estão "criticas"


Manobra do governo

Macron utilizou o artigo 49.3 da Constituição sa, que permite que o Executivo aprove um projeto de lei sem que ele e pela Assembleia Nacional. A idade mínima para aposentadoria foi aumentada, assim como o tempo de contribuição necessårio, que ou de 42 anos para 43 anos.


A popularidade do presidente atingiu seu menor Ă­ndice desde a eclosĂŁo do movimento dos Coletes Amarelos, em 2018. A taxa de aprovação do presidente FrancĂȘs estĂĄ em 28%, uma queda de quatro pontos percentuais na comparação com o mĂȘs ado, de acordo com pesquisa da Ifop publicada pelo Le Journal du Dimanche. 76% dos jovens de 18 a 24 anos e 82% dos trabalhadores rejeitam o presidente.


Fonte: ANDES-SN* Com informaçÔes da CGT , Solidaires, Brasil de Fato e Carta Capital

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